O LP inclui duas faixas bônus e estará disponível em 31 de julho, no e-commerce do selo.

O disco de estreia do Barão Vermelho, de 1982, não só impactou grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, mas também estabeleceu a banda como a voz de uma geração e inaugurou o chamado rockBrasil. “Barão Vermelho” capturou a essência de uma juventude ansiosa por mudanças e liberdade. Esse marco da música brasileira ganha agora uma nova edição em LP, assinada pela Rocinante Três Selos, com lançamento marcado para 31 de julho.

Gravado em apenas dois finais de semana, “Barão Vermelho” é um álbum que reflete a inexperiência técnica dos integrantes, mas também a autenticidade de suas performances. “Éramos inexperientes, em termos de estúdio, além de ter sido gravado às pressas. Porém, é um disco do qual todo o grupo gosta. Ele possui uma energia difícil de se captar em estúdio, além da nossa própria inocência. Todo mundo era muito novo”, explicou Frejat na revista Bizz em 1987.

Na época, as rádios boicotaram o disco, pois os programadores não enxergavam potencial no trabalho. Comercialmente foi um fracasso, com apenas oito mil cópias vendidas. Parte do grande público conheceu a banda quando Caetano se apresentou no Canecão incluindo “Todo Amor Que Houver Nessa Vida” no repertório. A mídia impressa, como a revista Pipoca Moderna, reconheceu a originalidade e o impacto do álbum. Antônio Carlos Miguel escreveu: “O Barão Vermelho não se perde num papo pseudo-ecológico, altos astrais e outras baboseiras pra boi dormir. Eles parecem ter chegado para incomodar o sono de muita gente”.

Entre defeitos e virtudes, Barão Vermelho e seu “som polaroid”, captaram um momento mágico da juventude brasileira, que bradava por um Brasil colorido, livre das amarras da caretice e do governo militar, mas não obrigatoriamente mais feliz. Cazuza cantava o blues como ninguém da sua geração, escrevia em modo samba-canção e não se considerava um poeta, apenas um letrista para divertir o povo, abusando dos paradoxos entre a festa e a fossa. Entre os destaques do álbum, as faixas “Down em Mim” e “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, regravada por Caetano no seu LP “Totalmente Demais” (1986).

Esta edição especial Rocinante Três Selos é em vinil vermelho 180g, com duas faixas bônus, “Sorte e azar” e “Nós”, capa dupla, envelope com letras e um texto do jornalista e escritor Bento Araujo, autor da série de livros “Lindo Sonho Delirante”. O LP estará disponível a partir de 31 de julho exclusivamente em rocinantetresselos.com.

Tracklist

Lado A
A1. Posando de star (Cazuza) 2:16
A2. Down em mim (Cazuza) 3:15
A3. Conto de fadas (Cazuza, Maurício Barros) 3:40
A4. Billy Negão (Cazuza, Guto Goffi, Maurício Barros) 3:23
A5. Certo dia na cidade (Cazuza, Guto Goffi, Maurício Barros) 4:43

Lado B
B1. Rock’n geral (Cazuza, Roberto Frejat) 2:43
B2. Ponto fraco (Cazuza, Roberto Frejat) 2:50
B3. Por aí (Cazuza, Roberto Frejat) 3:40
B4. Todo amor que houver nessa vida (Cazuza, Roberto Frejat) 2:16
B5. Bilhetinho azul (Cazuza, Roberto Frejat) 2:18
B6. Sorte e azar (Cazuza, Roberto Frejat) 2:46
B7. Nós (Cazuza, Roberto Frejat) 3:10

Projeto Rocinante Três Selos

A paixão pelo vinil une três grandes nomes do mercado nacional em uma colaboração inédita. A fábrica Rocinante, localizada em Petrópolis, agora prensará uma seleção exclusiva de discos a partir de novembro, em uma parceria com a Três Selos. Esta curadoria, licenciada pela própria Rocinante, conta também com a contribuição da Tropicália Discos, uma loja icônica do Rio de Janeiro com mais de 20 anos de expertise na divulgação da música brasileira.

Essas referências do mercado se unem para apresentar com excelência algumas das obras mais marcantes da música brasileira, incluindo nomes consagrados como Chico César, Gilberto Gil, Pabllo Vittar, Hermeto Pascoal, Novelli, Tulipa Ruiz, Céu e Baiana System. Com um projeto gráfico inovador e utilizando as melhores prensas de vinil do país, essa parceria promete elevar ainda mais a música brasileira, celebrando sua riqueza e diversidade em cada lançamento.